Judas

Beijou Judas Cristo antes de o entregar.
Só neste clube é possível acontecer o que acontece. Tudo abandalhado, sem um fio de organização que seja. Cada um virado para si e sem comunicar com quem quer que seja.
A última veio da parte do Silas, nomeado Capitão de Equipa, que denigre o Belenenses em praça pública depois de muito o vir a fazer dentro dos relvados.
Sinceramente tenho convivido com a ideia de que um capitão de equipa apenas servia para ver se a moeda do árbitro caía em cara ou coroa, na hora de escolher campo ou bola. Hoje apercebo-me que não é só isso. Eu percebo, o Silas e o Zé Pedro (sub capitão) não percebem, ou não querem perceber. Capitão é Defender o grupo, é ser o "relações públicas", é ser sempre o mais sofrível em prol da equipa e, como a equipa é o clube, é ser a ponte entre o plantel e os adeptos, aqueles para quem eles jogam (ou não jogam, neste caso), aqueles que abdicam de muito e gastam os impossíveis para que não se sintam sós na batalha que é o jogo.
Tive oportunidade de ir a Matosinhos e lá tirei as minhas ilações acerca de quem deveria de usar a braçadeira...

Mano foi o único digno da Cruz de Cristo. Quando os nervos envadiam a bancada pelo falhanço do Vinicuis em cima do apito final, Mano não se limitou a bater a palminha (que nem sempre batem) e veio á bancada tentar reconfortar os Belenenses presentes.

Pequenissimos gestos que tanto nos dizem e revelam.

As vedetas que vão trabalhar para os jornais, já que são os jornaleiros (os únicos) que tanto gostam deles!